ENSINO À DISTÂNCIA SE CONSOLIDA NA PANDEMIA
Com a chegada do “novo normal” e a necessidade de adaptação em todas as áreas, quem tinha uma resistência ao ensino online foi vencido pela pandemia. Trabalhar e estudar de casa é a realidade – talvez nunca aguardada – que estamos vivendo. Dentro deste contexto, a modalidade EAD cresceu vertiginosamente.
Pesquisa da Educa Insights “Coronavírus e Educação Superior: o que pensam os alunos”, em parceria com a Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES), aponta que, mesmo na pandemia, há uma demanda reprimida de estudantes que desejam iniciar cursos de graduação e pós graduação.
O aluno perdeu a resistência do ensino online e tem gostado deste novo modelo virtual, porque pode fazer uma aula teórica do conforto de sua casa, sem gastar com combustível, condução. Para quem trabalha e estuda, há mais comodidade, menos estresse com perda de tempo nos deslocamentos. As aulas virtuais contribuem para amenizar esta correria e contam com interação do professor e também do aluno. É um presencial-virtual”, declara o diretor executivo da ABMES, Sólon Caldas.
Segundo Caldas, as formações EAD, por exigirem mais organização, disciplina e um comprometimento maior, também são vistas com bons olhos pelo mercado de trabalho. Estas qualidades são valorizadas pelos empregadores. “Existe uma necessidade de habilidade maior para fazer uma formação à distância. O mercado de trabalho busca estes perfis e a formação acadêmica também aumenta a empregabilidade em 186%, com relação a quem tem apenas o Ensino Médio”.
Muita gente que aderiu ao ensino online, por força maior ou por vontade de aprender algo novo, foi impulsionada pela pandemia. Conselheira da Associação Brasileira de Educação à Distância (Abed), Ivete Palange comenta que houve um expressivo aumento de procura por cursos online na pandemia,principalmente por aqueles que buscam melhorar sua formação, com cursos ligados à profissão.
No entanto, para quem quer iniciar um curso EAD, Ivete orienta a primeiro analisar o curso e a instituição.
“É importante saber qual é a metodologia do curso, como é feita a avaliação, a plataforma utilizada, se há suporte e as condições da instituição, para ver se atende às expectativas. Também vale uma autoanálise: o que eu quero e como gosto de aprender?”, diz ela, ressaltando que o ensino online necessita de disciplina. “Não é moleza! Tem que estudar, montar uma rotina para favorecer o desempenho, se não, as atividades acumulam e o aluno acaba desistindo”, orienta.
Fonte : https://abmes.org.br/noticias/detalhe/4317/ensino-a-distancia-se-consolida-na-pandemia